08 fevereiro, 2008

Palavras ao Vento

...E então, acabei por encontrar a mim mesma. Só que o engraçado é que parecia uma outra garota: uma menina livre de preocupações, mas que me ensinou muita coisa que eu pensava já saber. Talvez por achar que já soubesse eu tenha demorado tanto a aprender.

Fez-me ver que um dia eu já fui muito feliz sem precisar agradar e nem provar nada a ninguém. Bastava ser eu mesma e fazer o que eu me sentia bem em fazer. Adquiri tantas coisas na vida que só me fizeram querer mais e mais... E acompanhada desse anseio, veio a insatisfação e as infelicidades. Quanto mais eu tinha, menos eu tinha, sabe? Repentinamente surgia aquela necessidade de auto-afirmação, às vezes sem nenhum motivo plausível; apenas para não admitir um provável vazio. Adquiri responsabilidades! Atribuições demais me fizeram esquecer aquilo que eu queria de verdade.

A tendência natural nos impele a dar prosseguimento àquilo que vemos desde muito cedo. Contudo, a instrução pode nos frear. E foi essa instrução que me fez repensar uma série de atitudes meramente programadas que me tornaram o que sou hoje, mesmo inconscientemente. Para cada direção que fixo o olhar, vejo que as mais diferentes pessoas se igualam ao convergir nesse mesmo ponto.

O cenário que vejo hoje não é uma simples situação que se dissipa da noite para o dia. É uma maneira de enxergar a própria jornada que tende sempre a nos levar ao mesmo lugar dentro de nossas mentes. Uma trajetória cíclica repleta de brilhos, sombras e uma completa penumbra nos pensamentos; cada qual capaz de ser desvendado por avaliações pessoais, aonde o que prevalece é o coração e a alma.

Somos apenas mais uma gota no oceano, mais um grão de areia ou mais um pontinho no mundo; o que não impede que esse simples pontinho seja capaz de transcender e exalar um brilho que atinja o âmago de tantos espíritos que por ele for tocado.

Certo dia estava a pensar sobre quem eu fui e quem sou agora. Não sei o porquê, mas algo me dizia que eu havia mudado completamente. Pensei não ter o mesmo brilho que um dia já tive. Foi quando me surpreendi: vi que coisas que eu jurava ter perdido ainda estavam comigo, porém, escondidas numa tentativa de evitar qualquer julgamento. Vi que a minha essência manteve-se intacta, só restava cultivá-la para que o brilho voltasse. Passei a enxergar tantas pendências...
E então, acabei por encontrar a mim mesma...

06 janeiro, 2008

Tudo ao seu tempo

Tem cada coisa que acontece! Geralmente reclamamos das infelicidades que passamos. Normal! Mas, se pensarmos bem, algumas coisas são necessárias. O que aconteceu, aconteceu e pronto! O que deixou de acontecer cedeu lugar para uma nova ocorrência. Esta, talvez, até melhor.

Levo comigo essa filosofia: tudo vem ao seu tempo. De quê adianta ficar remoendo sentimentos? É perda de tempo. O passado não pode ser mudado. Resta seguir em frente pois, o futuro sim, depende de uma série de escolhas embasadas em aprendizados acumulados ao longo do tempo vivido. Quem cultiva ressentimento, colhe infelicidade. E o tempo que era destinado a aproveitar, de repente se vai. Coisas boas parecem passar tão depressa... Então, nada melhor do que aprender a aproveitá-las já que cada minuto é único.

Temos a liberdade de decidir se o que ocorre à nossa volta poderá influenciar o modo como agimos. Não há, de fato, situação melhor ou pior, pois quem permite como será o comportamento perante os fatos externos somos nós mesmos. Carregamos conosco o dom de agir, reagir, externar, omitir, mudar, extinguir, criar, transformar... As nossas atitudes diante do tempo contínuo não estão ligadas, necessariamente, ao que se passa ao redor, mas ao que fica dentro de nós. Cada etapa superada deve ser respeitada. As fases vividas naturalmente passarão, mas deixarão rastros de experiência e maturidade.

Saibamos lidar com o tempo. Saibamos tirar proveito de cada acontecimento e nos decidirmos sempre pelo melhor de cada momento, mesmo que este momento não tenha sido o esperado.

No fim, você pode chegar à conclusão de que foi até melhor assim. Nos atentamos em valorar e reconhecer os méritos de pessoas ao nosso lado. Passamos a prestar a atenção em coisas nunca antes notadas. Se fosse ao contrário, talvez não tivéssemos o privilégio de percebê-las. Talvez não tivéssemos conhecido novas pessoas que trouxeram um marco imensurável em nossas trajetórias. Talvez não tivéssemos chegado aonde chegamos...

Se soubéssemos dar tempo ao tempo...

01 janeiro, 2008

A Paz - Roupa Nova


Deve haver um lugar dentro do seu coração

Onde a paz brilhe mais que uma lembrança

Sem a luz que ela traz já nem se consegue mais

Encontrar o caminho da esperança

Sinta, chega o tempo de enxugar o pranto dos homens

Se fazendo irmão e estendendo a mão


Só o amor, muda o que já se fez

E a força da paz junta todos outra vez

Venha, já é hora de acender a chama da vida

E fazer a terra inteira feliz


Se você for capaz de soltar a sua voz

Pelo ar, como prece de criança

Deve então começar outros vão te acompanhar

E cantar com harmonia e esperança

Deixe, que esse canto lave o pranto do mundo

Pra trazer perdão e dividir o pão.


Só o amor, muda o que já se fez

E a força da paz junta todos outra vez

Venha, já é hora de acender a chama da vida

E fazer a terra inteira feliz


Quanta dor e sofrimento em volta a gente ainda tem,

Pra manter a fé e o sonho dos que ainda vêm.

A lição pro futuro vem da alma e do coração,

Pra buscar a paz, não olhar pra trás, com amor.

Se você começar outros vão te acompanhar

E cantar com harmonia e esperança.

Deixe, que esse canto lave o pranto do mundo

Pra trazer perdão e dividir o pão.


Só o amor, muda o que já se fez

E a força da paz junta todos outra vez

Venha, já é hora de acender a chama da vida

E fazer a terra inteira feliz

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Início de 2008, expectativas renovadas para que as coisas melhorem...

"A Paz" foi uma versão feita por Nando (vocal e baixo), integrante do Roupa Nova, da música "Heal The World", grande sucesso de Michael Jackson.

A canção traz uma linda mensagem de paz, incentivando a busca por um mundo melhor para as gerações futuras. Incentiva a união de todos por um mundo melhor através de uma força comum: a Paz!

A todos, um Feliz Ano Novo!

Veja a versão original, com Michael Jackson:




22 dezembro, 2007

Comprovação da Lei de Murphy

"Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível."

Sem comentários! Aliás... quero comentários.

Risos!

11 dezembro, 2007

Se arrependimento matasse...

...eu não mais existiria. Não nesse plano existencial, pelo menos. Mas isso é uma outra discussão. Deixemos dogmas e convenções de lado. Embora grande parte do que escrevo revelem um teor motivador, nesta postagem mostrarei também algumas insatisfações pessoais.

Provavelmente, todo mundo já se arrependeu de alguma coisa. Talvez por julgar pessoas antes de conhecê-las, ou por ter dito coisas que não deveriam ser ditas. Talvez por ter decepcionado pessoas queridas através de atos, ou mesmo omissões, quando era essencial que se tomasse uma atitude. No entanto, ao menos no meu caso, arrependo-me, sobretudo das coisas que não fiz. Principalmente pelas coisas que deixei de fazer por pura covardia; receio do que os “outros poderiam pensar”. Parece que todo mundo busca incessantemente se encaixar em um padrão. Tremenda hipocrisia! São nessas horas que me vejo como um fantoche. Alguém que se movimenta conforme as vontades alheias. Modelos comportamentais simplesmente são empurrados para nós, ditando aquilo que devemos ser, deixando de lado a essência da autenticidade. Está praticamente impossível ter uma personalidade propriamente dita face às exigências existentes a respeito do modo que se deve ser.

Porém, recordo-me de um detalhe: vejo-me sendo alvo de influências externas. Talvez algo que eu faça sem me preocupar com aqueles que me cercam, possa vir a trazer uma conseqüência inesperada para aqueles que convivem comigo. Daí a necessidade de não abandonar a dita política de boa vizinhança, ainda que no mais íntimo dos pensamentos haja, camuflada, porém indestrutível, uma forma de pensar diversamente da coletividade. E, assim, retorno ao velho dilema. Mas não é hora de se desesperar. Não ainda. (Risos)

Sabe que apesar de tudo, dá pra tirar um ponto positivo? Pois é! Já ouviu aquela frase “vivendo e aprendendo!”? Pois bem... Estes momentos complicados que superamos, os quais apelido de ‘bifurcações do pensamento’, nos tornam mais maduros. É a hora de aprender a dosar comportamentos levando em conta as prioridades em mente antes de optar pelo o que será feito.

Há algum tempo estudei a respeito de “Custo de Oportunidade”. É óbvio que isso não se aplica apenas à Economia, como também ao cotidiano. A idéia básica consiste em: para cada opção feita, dentre duas ou mais escolhas, haverá um custo de oportunidade. Sintetizando: cada escolha que se faz implica em uma conseqüência que se deve arcar. Para realizar algo, deve-se abrir mão de uma outra coisa.

Agora voltemos às ‘prioridades’...

Cada um atribui valores conforme a relevância que tratam tais assuntos. Será que realmente vale a pena nos privarmos de algo em busca de uma outra coisa que viermos a considerar mais relevante? Alguns têm convicção de que é certo o caminho que optaram. Outros, ainda questionam. Alguns em menor grau, outros em maior. É indiscutível que ninguém tem certeza de tudo. Sempre haverão dúvidas a respeito do agir. Resta saber se estamos em grau de lidar com as escolhas que fazemos obrigatoriamente e incansavelmente. E o principal: aprender com elas e saber aplicar o aprendizado adquirido em decorrência de uma iniciativa que ousamos tomar. Arrependimento também ensina a viver...e a pensar!

Vamos amadurecer as idéias...

21 outubro, 2007

A-ha - Crying in the rain


I'll never let you see
The way my broken heart is hurting me
I've got my pride and I know how to hide
All my sorrow and pain
I'll do my crying in the rain

If I wait for stormy skies
You won't know the rain from the tears in my eyes
You'll never know that I still love you so
Though the heartaches remain
I'll do my crying in the rain

Raindrops falling from heaven
Could never take away my misery
But since we're not together
I'll wait for stormy weather
To hide these tears I hope you'll never see

Someday when my crying's done
I'm gonna wear a smile and walk in the sun
I may be a fool
But till then, darling, you'll never see me complain
I'll do my craing in the rain

I'll do my crying in the rain
I'll do my crying in the rain
I'll do my crying in the rain
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A-ha é uma banda norueguesa de New Wave formada pelo vocalista Morten Harket, o guitarrista Paul Waaktaar-Savoy e o tecladista Magne Furuholmen.
Após formarem o grupo em 1983, saíram da Noruega rumo a Londres com o objetivo de fazer uma carreira no mundo da música. A origem do nome a-ha surgiu após Mags ter lido este termo num caderno de anotações de músicas e outras composições de Paul. O "a-ha" vem da exclamação "aha!!", no sentido de surpresa ou algo novo; Mags sugeriu este nome para a banda, e Paul gostou da idéia, a medida que eles queriam um nome de fácil memorização e que mais se aproximasse do som da língua norueguesa. Depois de pesquisarem dicionários em várias línguas, o grupo descobriu que 'a-ha' era uma forma internacional de expressar reconhecimento, com conotações positivas. Era uma palavra fácil e pouco utilizada.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/A-ha (Wikipedia)

A música “Crying in the rain” conta a história de alguém que sofre por amor, mas que procura não demonstrar. Talvez por amor próprio ou mesmo por orgulho, esse alguém revela a vontade de se reerguer e tentar esquecer o sofrimento. Jamais abaixar a cabeça perante a dor, e sim encontrar uma forma de superá-la em vez de alimentá-la.

Veja o clipe da música:

07 outubro, 2007

Pensamentos aflorando...

Sem querer parecer muito filosófica, peço licença para expor algo que demorei a me aperceber...

Algumas vezes avaliamos coisas que acontecem diariamente e que nos tornam quem somos. Análises sobre a nossa própria rotina, na maneira como o tempo passa, nas coisas que nos ocupamos, nas indagações que fazemos, e até nos anseios que alimentamos. Repentinamente tudo vêm à tona de uma só vez e remetem a ‘surtos’ de pensamentos sobre os caminhos por nós escolhidos.

E de que adianta pararmos uma vez ou outra para refletir a respeito de como se passa a nossa curta jornada na Terra, quando, logo em seguida, retomamos as atividades rotineiras como se nada tivesse ocorrido? Respondo: Acontece que adianta sim. São nessas horas que temos a oportunidade de perceber nossos comportamentos face às atividades que tendem a se repetir; o que nos torna, muitas vezes, automáticos. Agora, quanto ao fato de ser válido ou não essa momentânea ordenação dos pensamentos, depende exclusivamente de nós. Se tiver algo o que mudar, é essencial que façamos por onde. Se ficarmos inertes, apenas pensando em vez de agir, de nada adiantará os momentos reservados a avaliações pessoais. Aliás... O que é, pra você, viver intensamente? O que te faz alguém feliz e realizado?

Tratamos cada dia como se fosse apenas ‘mais um dia’, quando, na verdade, é o oposto: menos um dia. E no momento que resolvermos viver intensamente, talvez não haja tempo suficiente.

Então, está mais do que na hora de abrir a mente. Entender que cada minuto que se passa, cada fato ocorrido tem a sua devida importância. A partir disso, poderemos reaprender o que uma palavra tão simples significa realmente: Essa palavra é viver.