
"Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia".
William Shakespeare
Conheço uma breve história de duas pessoas que se encontraram pelo acaso do destino e irei compartilhar aqui neste espaço. Obviamente, apenas conheço a história de um, e será pelo foco dessa vertente que conduzirei esse texto. Ainda que eu transite nos dois, irei me delimitar à visão de apenas um, talvez esse um multiplique-se e seja apenas o reflexo duplo dessa história.
-Darei o nome de ARES (deus da guerra, entendam...tem que ser guerreiro)para enquadrar o personagem principal desse texto e VITÓRIA para o personagem que será fruto da busca de ARES –
O desenrolar tem um cunho mitológico, afinal, minhas raízes dentro da ciência humana afloram num apelo para à história. Sem delongas, entremos nessa história:
As pessoas estão sempre em busca de algo, sempre existe algo a se buscar, mesmo que incessante. Não seria diferente com Ares que, já cansado de travar inúmeras batalhas em busca de se acertar, colocou mais dificuldades ainda para que encontrasse sua amada.
Ares queria ver o amor para entender que tudo nasceria a partir de uma troca. Na verdade, Ares queria deixar o seu campo de batalha e conhecer a paz. Só poderia fazer isso através do amor. Estava disposto a deixar de lado toda sua personalidade destrutiva. Cansado de buscar preencher o vazio com vazio, Ares decidiu sair em busca da essência nas pessoas.
Passou a conhecer diversas pessoas, analisá-las e sempre chegava à conclusão que havia falhado. A essência das pessoas estava sempre submergida, em “águas profundas”. Faltava oxigênio para ir tão fundo, faltava vontade de submergir de si próprio para que outros vissem seu elo tão importante com a vida. Entre uma essência e outra, Ares temia ser mal sucedido, estava num campo adverso ao que estava acostumado a lidar. Ares procurava e , às vezes, era procurado, não tinha chegado ao seu denominador comum.
Ares não sabia que a essência de cada pessoa, muitas vezes, está reservada a quem esta pessoa queira oferecer. As dificuldades cresciam a cada procura. Ares não desistia e conseguiu encontrar uma pessoa com a qual se encantou com sua essência. Ares animou-se, porém, viu que isso estava limitado a ele e que deveria travar uma batalha: a batalha da conquista. Estava definitivamente perdido, não sabia lidar com sentimentos que não fossem os práticos para sua atuação, mas ares sempre se deixava contemplar por essa luz que lhe foi apresentado.
O tempo veio a cobrar, mas a única parte que Ares tinha para demonstrar era que havia encontrado, mas que não estava certo que nesse percurso ele deveria largar todas suas armas e lutar com a única arma da qual ele não fazia uso: o coração. Perdido em si, Ares sentiu fragilizado, à beira da derrota. Acostumado a travar grandes batalhas e sempre experimentar a vitória, por essa vez, se sentiu fadado ao fracasso. Se preparou para bater em retirada, mas antes, precisava olhar novamente para Àquela luz que o encantara.
A procurou mais uma vez, manteve uma distância, pois não era possível se aproximar. Olhou em sua direção e viu àquela luz crescer em sua direção. Se sentiu imóvel, hesitava em se afastar, até que o desafio é lhe proposto. Ares sem nenhum preparo resolve encarar seu destino e percebe que Àquela luz o buscava muito antes dele entrar no campo de batalha. É tomado por uma felicidade tremenda, onde passa a perceber o que jamais havia sentido, treme, sorrir, chora ao ver que àquela luz se transforma na VITÓRIA. A tal luz ganha características humanas para a sua felicidade. Ares se enxerga realizado e pensa não precisar de mais armas, teria vencido a grande e única batalha que sempre quisera vencer.
Vitória era a essência em luz que Ares pretendeu e buscou. Quando alguém vem ao mundo, com certeza, é um dia de alegria para muitos. Mas cada um que nasce absorve um propósito no decorrer da firmação de sua existência, vitória teria a sua. A divina providência resolveu demonstrar para Ares que para manter a Vitória em sua luz, ele precisaria continuar como um deus da guerra travando lutas diárias. Agora não mais pelo êxito individual, mas pelo elo criado entre os dois que ares tomaria sua frente.
Foi então que a luz que emanava em Vitória lhe foi tirada. Vitória sentiu a dor e profunda tristeza, mergulhada em profunda escuridão se encontrava. Ares viu que a cada instante, para rever a luz em vitória, precisaria dá-lhe um motivo para sorrir. Passou a buscar incessantemente em todas as frentes motivos para devolver um sorriso em Vitória.
Ares não deixou de combater, nem Vitória perdeu sua essência que emanava em sua luz. Ares precisava oferecer um sorriso à Vitória para que ela lhe desse o seu brilho e, dessa forma, se mantivera guerreiro e a outra com seu brilho. Ambos oferecendo um ao outro o estimulo necessário para que continuem a se manter em sua essência com amor que se renova a cada dia, em que um vence uma batalha para o outro.
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A razão que nos motivam em buscar a essência das pessoas está justamente na reciprocidade. Você só é forte o suficiente para encarar os obstáculos se estiver bem amparado com a qual lhe ofereça propósitos para continuar, travando dia após dia a mesma batalha. Ares e Vitória são apenas um feixe dentro de um universo que, neste exato momento, translada a realidade que antes jamais se pensaria possível. Essa história já decorre cinco meses, passe o tempo que passar, dias ainda irão nascer e ficará marcada, escrita de uma forma que não se apagará com um simples passar do tempo.