Dia desses, enquanto pensava em tudo que me ocorreu nesse ano, algo muito estranho aconteceu: o tempo parou. Subitamente, tudo ficou suspenso: pessoas, relações, sentimentos - foi como se tudo girasse e deixasse de girar em seguida. Até mesmo os ponteiros do relógio ficaram imóveis para mim. Eu era apenas mais uma ocupando um espaço sem nem mesmo me dar conta de que espaço era esse. Os pensamentos eram simples. Desses tantos que eu tenho de como eram as coisas e de como elas serão daqui pra frente após algumas mudanças.
Certo dia me disseram que tenho “problemas” com o tempo. Sim, eu tenho. Sou muito ligada a momentos que passaram e não voltam mais, e talvez por isso, o futuro me assuste tanto. Talvez tenha sido o silêncio, a solidão, a saudade ou apenas minha mente me pregando uma peça. Por alguns milésimos de segundo, senti que meu estado era catatônico. Não sabia aonde ir, aonde ficar, o que fazer e o que pensar. Estava estática.
Fiquei apreensiva e, num piscar de olhos, tudo voltou: os sons, as cores, as formas, o movimento, as velhas lembranças que tanto me acompanham... e o automático relato dessa experiência boba, porém incomum (que alguns podem ver como loucura)!
Não é necessário entender o que está escrito. Por vezes, só eu me entendo no meio de tantas frases confusas. As palavras são mágicas para alguns, para outros não. É tudo uma questão de escolha. Você escolhe ser tocado ou não por meras frases. Talvez não seja escolha. Pode ser uma questão de estado de espírito mesmo.
Os dedos digitam sem parar os pensamentos soltos que meu cérebro envia. Mesmo sendo avulsos, estes pensamentos estão focados em um objeto específico que nem eu mesma consigo descrever. Talvez por ser tão íntimo, ninguém além de mim possa entender.
Sempre quis que o tempo parasse nos momentos mais felizes da minha vida, mas ele nunca parou. E essa continuidade do tempo me fez enfrentar momentos inevitáveis e difíceis. A vantagem é que, mesmo com essa continuidade desenfreada, os momentos felizes continuam eternizados na memória. O problema é que sabendo que momentos felizes passaram, tenho certeza de que o tempo não parou.
Isso me afligiu por um tempo. Ainda me aflige às vezes.
E agora, num dia qualquer, quando ele finalmente “pára”, eu fico: fragilizada, imóvel, com os olhos arregalados e com um olhar vazio... sem fazer nada, além de vagar paradoxalmente na presença da ausência ou ausência da presença. Apenas lembranças, apenas perguntas de como será de agora em diante.
Certo dia me disseram que tenho “problemas” com o tempo. Sim, eu tenho. Sou muito ligada a momentos que passaram e não voltam mais, e talvez por isso, o futuro me assuste tanto. Talvez tenha sido o silêncio, a solidão, a saudade ou apenas minha mente me pregando uma peça. Por alguns milésimos de segundo, senti que meu estado era catatônico. Não sabia aonde ir, aonde ficar, o que fazer e o que pensar. Estava estática.
Fiquei apreensiva e, num piscar de olhos, tudo voltou: os sons, as cores, as formas, o movimento, as velhas lembranças que tanto me acompanham... e o automático relato dessa experiência boba, porém incomum (que alguns podem ver como loucura)!
Não é necessário entender o que está escrito. Por vezes, só eu me entendo no meio de tantas frases confusas. As palavras são mágicas para alguns, para outros não. É tudo uma questão de escolha. Você escolhe ser tocado ou não por meras frases. Talvez não seja escolha. Pode ser uma questão de estado de espírito mesmo.
Os dedos digitam sem parar os pensamentos soltos que meu cérebro envia. Mesmo sendo avulsos, estes pensamentos estão focados em um objeto específico que nem eu mesma consigo descrever. Talvez por ser tão íntimo, ninguém além de mim possa entender.
Sempre quis que o tempo parasse nos momentos mais felizes da minha vida, mas ele nunca parou. E essa continuidade do tempo me fez enfrentar momentos inevitáveis e difíceis. A vantagem é que, mesmo com essa continuidade desenfreada, os momentos felizes continuam eternizados na memória. O problema é que sabendo que momentos felizes passaram, tenho certeza de que o tempo não parou.
Isso me afligiu por um tempo. Ainda me aflige às vezes.
E agora, num dia qualquer, quando ele finalmente “pára”, eu fico: fragilizada, imóvel, com os olhos arregalados e com um olhar vazio... sem fazer nada, além de vagar paradoxalmente na presença da ausência ou ausência da presença. Apenas lembranças, apenas perguntas de como será de agora em diante.
Estive confusa! E por um instante, estive perdida!
E que tempo, temporal.Vendaval de tempo, rs. Palavras confusas, uma mente que vagueia no tempo de coisas que se foram e que ficaram. O tempo passa, mas...A vida fica, na vida nem tudo passa, mas, FICA. E ficam o que há de melhor, a dor? Só daquilo que realmente nos tocou.
ResponderExcluirmas, cada um de nós vivemos num tempo paralelo ao das outras pessoas. E cada tempo possui suas diversidades.
Quem poderá entender em que tempo vc vive? Senão...Vc mesma.
E que vc possa entender que há um "segundo tempo"( não é de futebol).
Nessa segunda vez, o tempo é mais confortável, porque já se passou pela mesma trilha e os atalhos são conhecidos. Porque tudo acontece uma segunda vez: a felicidade, a dor, o mesmo tempo. Mas, nossa visão não se repete, porque ela se renova a cada instante.
Desejo que o seu problema com o tempo seja apenas a vontade e saudade daquilo que deixou de viver ou deixou de acontecer.
Te desejo superação, de desejo felicidades, te desejo tudo de bom, que a sua vida (em seu tempo) seja, daqui pra frente, a melhor possível e que seu caminho seja traçado por curvas felizes, que a cada curva vc encontre um horizonte repleto de felicidade.
Beijos!
Acho que eu fazia a quinta série, e um professor marcou minha vida. Ele falou que o tempo não existe, que era simplesmente uma invenção do homem.
ResponderExcluirOutra questão é que somos pequenos demais para o universo, e mesmo assim somos importantes. Mas pequenos demais :)
Feliz por ver você devolta ao blog!
Daniel e Chantinon:
ResponderExcluirSim, voltei ao blog. Não sei se postarei frequentemente. Muitas coisas aconteceram na minha vida nesses últimos meses. Algumas coisas desagradáveis. Dentre elas, o falecimento do meu pai. Acho que eu estava realmente perdida e confusa ao escrever esse texto. O penúltimo texto, escrevi me colocando na situação da minha mãe lidando com a perda. Foi algo meio que inconsciente. Eu estava me preparando para a chegada desse momento triste mas, ao mesmo tempo, eu não acreditava que meu pai fosse nos deixar.
A tristeza ainda me corrói por dentro, a saudade é imensa.
Mas é isso! Nada que o tempo não amenize. Aliás, o tempo é uma invenção dos homens, não é? Sim, sim!
Por quê criamos algo que vamos nos apegar, sabendo que depois podemos sofrer por isso? Não sei. O homem é complexo. Somos importantes, complexos, mas pequenos... pequenos para muitas coisas. Até para lidarmos com aquilo que nós mesmos criamos.
Adorei os comentários. Obrigada!
;-)