Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.
Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia ...
Perguntei ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
- "Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz..."
(Autor Desconhecido)
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Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia ...
Perguntei ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
- "Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz..."
(Autor Desconhecido)
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Lembro-me de uma frase cuja autoria desconheço: “Os que mais falam são os que menos têm a dizer”. Dá até para fazer uma ponte com um trecho de uma música do Legião Urbana. Já dizia Renato Russo- “fala demais por não ter nada a dizer”.
Aí está algo que se pode considerar uma filosofia de vida. É impressionante a habitualidade que acontecimentos desse tipo se manifestam diariamente em todo lugar. Parece que algumas pessoas têm necessidade de estarem sempre em evidência, tentando chamar a atenção a qualquer custo. Às vezes tentam se passar por pseudo-intelectuais, defendendo veementemente idéias embasadas em argumentos ou falácias ditas por líderes políticos, religiosos ou qualquer coisa parecida; muitas vezes sequer sabem o porquê de defenderem tais concepções.
Ao contrário desse tipo de pessoa, existem aquelas em que a autenticidade predomina. Chamam a atenção naturalmente, sem “forçar a barra”. Destacam-se por possuírem um brilho próprio. E se de alguma forma a expressividade chega a ponto de as tornarem o centro das atenções, é porque têm fundamentos para isso. Não se embasam em “achismos” ou falsas ideologias. É por isso que estes sim conquistam total destaque. Não por necessidade de serem notados, mas serem notados por puro mérito.
E você? Conhece alguma ‘carroça vazia’?